Nesta unidade, trataremos de uma parte bastante teórica sobre a disciplina de Língua Portuguesa. Iniciaremos com uma breve, objetiva e clara explicação acerca do significado e da importância dessa matéria para o(a) acadêmico(a), a fim de esclarecer que todos devem se dedicar aos estudos de tão significativa disciplina.
Em seguida, é importante que você, estudante, compreenda o que é comunicação, quais seus objetivos e suas finalidades, pois esse é um princípio fundamental para se compreender a disciplina como um todo. Outro passo que consideramos importante é a compreensão do que é expressão, suas acepções, seus significados e suas formas de entendimento. Essa é uma parte fundamental, uma vez que um dos objetivos da disciplina é formar um(a) usuário(a) competente em relação a uma comunicação coerente e coesa.
Após colocá-lo(a) em contato com essas definições, passaremos à parte da definição de qual é o papel do texto verbal e do texto escrito. A intenção é explicar cada um desses textos, determinando a diferença e as relações de semelhança entre eles. Consideramos pertinente discorrer sobre a distinção entre as três tipologias textuais: narrativa, descritiva e argumentativa; pois muitas pessoas não entendem que esses são textos diferentes, com funções e finalidades específicas. Não podemos, também, deixar de falar sobre a estrutura de cada um desses textos, com suas próprias regras.
Caro(a) estudante, esperamos que você consiga se deleitar durante os estudos desta unidade e, para incentivá-lo(a), encerramos esta etapa com uma frase instigadora, que está no livro Portos de Passagem, escrito pelo renomado linguista João Wanderley Geraldi: “Um texto é uma sequência verbal escrita formando um todo acabado, definitivo e publicado” (GERALDI, 2002, p. 101).
Bons estudos!
A disciplina de Língua Portuguesa é bastante importante para a formação acadêmica, pois tem o papel de ampliar seu conhecimento, como estudante, acerca de vários assuntos. Nesta unidade, abordaremos questões relacionadas à comunicação. Inicialmente, temos que entender o que significa a palavra comunicação. Uma definição bastante clara é a que está no dicionário (HOUAISS; VILLAR, 2004, p. 175): “[...] 1 transmissão de uma mensagem; 2 a informação contida nesta mensagem [...]; 4 exposição, oral ou escrita, sobre determinado tema [...]”.
A comunicação é um dos meios de expressão do homem e se trata da interação de informação entre sujeitos e/ou objetos, pois é nesse processo que ocorre a troca de informações. Em outras palavras, o ato comunicativo presume a existência de dois sujeitos – locutor e alocutário/ emissor e receptor –, aquele que emite e aquele que recebe a mensagem. No entanto, os papéis que os sujeitos assumem no ato comunicativo, por meio do veículo utilizado, é passível de troca.
Vale pontuar também que se trata de um ato próprio de atividade psíquica, que se origina da linguagem, do pensamento e do desenvolvimento das capacidades psicossociais (relação entre o convívio social).
Julgamos importante explicar, do ponto de vista linguístico, o que vem a ser comunicação. Para isso, adentraremos a história. Um dos maiores estudiosos da ciência linguística foi Ferdinand de Saussure, um linguista suíço que buscou definir um objeto de estudo, fato que não havia sido preocupação de outros estudiosos da área, acarretando, assim, no estabelecimento de uma ciência independente e autônoma (BORNEMANN, 2011).
De acordo com Rodrigues (2008), todo o conhecimento sobre linguagem produzido no século XX originou-se da obra Curso de Linguística Geral, publicada em 1916, na França. A obra deu início aos estudos científicos da linguagem, proporcionando aos estudiosos a definição do objeto e do método. Trata-se de uma obra póstuma, fruto da dedicação dos discípulos Charles Bally e Albert Sechehaye, de Ferdinand de Saussure, que reuniram os cadernos de notas dos colegas e desenvolveram o livro, propagando a teoria saussuriana para o mundo.
Para reforçar as contribuições de Saussure, consideramos pertinente explicar os conceitos desenvolvidos na obra Curso de Linguística Geral, destacando as dicotomias: língua X fala; significado X significante; sintagma X paradigma; sincronia X diacronia.
Referente à primeira dicotomia, é importante sabermos que “[...] enquanto a língua é concebida como um conjunto de valores que se opõem uns aos outros e está inserida na mente humana com um produto social, a fala é considerada como um ato individual, pertencendo a cada indivíduo que a utiliza” (DUARTE, s./d., on-line, grifo nosso), por isso está sujeita a fatores extralinguísticos.
Em relação à segunda dicotomia, “[...] o signo linguístico se compõe de duas faces básicas: a do significado – relativo ao conceito, isto é, à imagem acústica, e a do significante – caracterizado pela realização material de tal conceito, por meio dos fonemas e letras” (DUARTE, s./d., on-line, grifo nosso). Podemos ilustrar essa dicotomia no quadro a seguir:
Essa relação pode ser explicada considerando um objeto como a caneta: o significado é o mesmo (imagem de caneta), mas, em cada país, há um significante: pen (inglês), stylo (francês) e penna (italiano), ou seja, existe a arbitrariedade do signo linguístico, pois ele não é único.
O signo linguístico resulta de uma convenção entre os membros de uma certa comunidade para determinar significado e significante. Portanto, se um som existe dentro de uma língua, ele passa a ter significado, algo que não aconteceria se ele fosse somente um som em si. Então, “[...] afirmar que o signo linguístico é arbitrário, como fez Saussure, significa reconhecer que não existe uma reação necessária, natural, entre a sua imagem acústica (seu significante) e o sentido a que ela nos remete (seu significante)” (COSTA, 2008, p.119).
A respeito da terceira dicotomia,
[...] o sintagma é a combinação de formas mínimas numa unidade linguística superior, ou seja, a sequência de fonemas se desenvolve numa cadeia, em que um sucede ao outro, e dois fonemas não podem ocupar o mesmo lugar nessa cadeia. Enquanto que o paradigma para ele se constitui de um conjunto de elementos similares, os quais se associam na memória, formando conjuntos relacionados ao significado (campo semântico) (DUARTE, s./d., on-line, grifo nosso).
O sintagma é a combinação de palavras que podem ser associadas; portanto, as palavras podem ser comparadas ao paradigma.
No discurso, os termos estabelecem entre si, em virtude de seu encadeamento, relações baseadas no caráter linear da língua, que exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo. Estes se alinham um após outro na cadeia da fala. Tais combinações, que se apóiam na extensão, podem ser chamadas de sintagmas (SAUSSURE, 1995, p. 142).
As relações paradigmáticas se caracterizam pela associação entre um termo de um contexto sintático. Por exemplo, gato e gado. Quando se juntam as partes paradigmáticas, ocorre o sintagma. Em geral, as línguas apresentam relações paradigmáticas ou associativas que dizem respeito à associação mental que se dá entre a unidade linguística que ocupa um determinado contexto (uma determinada posição na frase) e todas as outras unidades ausentes que, por pertencerem à mesma classe daquela que está presente poderiam substituí-la nesse mesmo contexto (COSTA, 2008, p.121).
Por fim, em relação à sincronia e à diacronia, Saussure apresenta a ideia de um estudo descritivo e de um estudo histórico, respectivamente, ou ainda, “[...] trata-se de um estudo da linguagem a partir de um dado ponto do tempo (visão sincrônica), levando-se em consideração as transformações decorridas mediante as sucessões históricas (visão diacrônica), como é o caso da palavra vosmecê, você, ocê, cê, vc” (DUARTE, s./d., on-line).
Para Saussure, “[...] é sincrônico tudo quanto se relacione com o aspecto estático da nossa ciência, diacrônico tudo que diz respeito às evoluções. Do mesmo modo, sincronia e diacronia designarão respectivamente um estado de língua e uma fase de evolução” (SAUSSURE, 1995, p. 96).
Nas palavras de Rodrigues (2008), o linguista Ferdinand de Saussure, ao desenvolver e organizar essa abstração teórica, suscita um método capaz de imprimir rigor aos estudos linguísticos, os quais, até então, eram conduzidos pela subjetividade e/ou pela inadequação metodológica advinda das ciências naturais.
Para finalizar essa parte da unidade, esperamos que você, acadêmico(a), tenha conseguido compreender que comunicação é algo mais complexo do que se imagina, pois depende de uma competência profunda dos interlocutores em saber organizar e codificar, de forma coerente, todas as dicotomias de Saussure.
Contribuindo com essas ideias, vejamos o que diz a autora Schuler (2004, p.11): “[...] a comunicação está presente em todas as formas de organização conhecidas na natureza, tanto que se pode afirmar que a única maneira de haver organização é através da comunicação”.
Uma vez explicado o que é comunicação, passaremos à definição de expressão. Segundo o dicionário (HOUAISS; VILLAR, 2004, p. 330), expressão é a “[...] manifestação do pensamento, sentimentos por meio da palavra, gesto, fisionomia, arte [...]”. Assim sendo, expressão é comunicação, de uma forma mais elaborada, pois depende de “ferramentas” para complementar sua função diante do que se quer transmitir.
Podemos afirmar, também, que tanto a comunicação como a expressão são responsáveis pela organização das ideias do mundo e de sua evolução, uma vez que uma ideia é o complemento da outra e, juntas, as ideias estruturam o pensamento e a manifestação linguística.
Novamente, fizemos menção à palavra “linguística”, a qual estuda, além dos conceitos já comentados, o que são os conceitos de língua, linguagem e fala. Continuando com os pressupostos teóricos saussurianos, verificaremos que são meios que possibilitam a nós, falantes, a comunicação e a interação com nossos iguais. Tais pressupostos possibilitam, também, a expressão, o compartilhamento, a exposição de ideias, de pensamentos e opiniões. Vejamos as definições a seguir:
Agora que você já sabe o que é comunicação, expressão, língua, linguagem e fala, vamos à definição do que seja o ato de comunicação. Para isso, você deve entender o aspecto de comunicação como um processo comunicativo, que age sobre a sociedade, estabelecendo uma relação entre as pessoas. Talvez seja mais fácil compreender essa ideia observando o que foi explicado por Greimas e Courtés (2008, p. 81):
[...] as ações humanas são divididas em dois blocos: o eixo da produção, quer dizer, a ação dos homens sobre as coisas; e o eixo da comunicação – a ação do homem sobre os próprios homens, criadora das relações intersubjetivas e fundadoras da sociedade.
O ato de comunicação é, assim, elaboração, com a intenção de transmitir algo para alguém; e esse alguém deve ter a capacidade de agir sobre esse algo e de compreender as relações estabelecidas entre a língua e a linguagem utilizadas. Em outras palavras, quando se quer comunicação, é preciso observar todos os elementos que envolvem a transmissão da informação, que possam ser elaborados em um sistema, todo organizado, para que se tenha sucesso no ato comunicativo. A partir disso, no próximo tópico, trataremos da diferença entre texto verbal e texto escrito.
Neste momento de estudo, trataremos do que é texto. Afinal, toda comunicação precisa de uma elaboração das ideias, que se dá por meio de um texto. Desse modo, orientados pelos estudos da linguística textual, é imprescindível que façamos, caro(a) aluno(a), algumas considerações sobre texto e gênero textual.
A respeito dos textos, podemos defini-los, de forma leiga, como o conjunto de frases e orações que apresentam sentido e estão interligados. No entanto, para o linguista Marcuschi (2008, p. 72), o texto é, basicamente, “[...] um evento comunicativo em que convergem ações lingüísticas, sociais e cognitivas”, as quais são dependentes de fatores extralinguísticos para se fazerem compreender (NEGRÃO, 2011).
Na mesma esteira, Koch (2003, p. 3) respalda-se na noção defendida por Antos e Tietz (1997), de que “[...] os textos, como formas de cognição social, permitem ao homem organizar cognitivamente o mundo”, isto é, trata-se de um elemento que permite a interação comunicativa entre os receptores (falante/ouvinte – escritor e leitor), considerando os fatores linguísticos e sociais (NEGRÃO, 2011).
Corroborando a discussão, Dutra e Roman (2009, p. 10) pontuam que existe uma “[...] complexidade de fatores que estão envolvidos no fenômeno comunicativo que o texto representa, e que facilmente transcende o nível puramente lexical e sintático”. Esse pensamento reforça a ideia de que:
[...] o texto não é apenas um emaranhado de termos linguísticos, que estão dotados de coesão e coerência, mas sim um conjunto de elementos linguísticos (palavras de diferentes classes gramaticais, elementos de pontuação etc.) e extralinguísticos (conhecimento social tanto do autor quanto do leitor do texto) que são essenciais na elaboração e na interpretação das informações apresentadas (NEGRÃO, 2011, p. 27-28).
Em contrapartida, para Bakhtin (1992), os textos podem dividir-se em gêneros textuais, os quais são compreendidos como o uso particular do discurso em função das mais diversas situações de interação social e comunicativa. Em outras palavras, os textos são produzidos prevendo uma determinada função.
A respeito disso, Marcuschi (2002 apud NEGRÃO, 2011, p. 27-28) expõe que os gêneros textuais são “[...] composições funcionais, com objetivos enunciativos realizáveis na interação de aspectos de ordem histórica, social, institucional, [...] por esse caráter funcional, não constituem uma lista específica, mas sim inúmeras possibilidades de gêneros textuais”.
Com essas breves definições, caro(a) estudante, ficou bastante claro que o texto é algo muito mais profundo do que apenas um monte de palavras, pois sempre há uma intenção no que se escreve e procura-se elaborar essas informações pensando tanto nos fatores linguísticos (palavras, termos etc.) como nos extralinguísticos (pessoas, local de veiculação etc.). Em relação a esses fatores, é preciso estudarmos os chamados “elementos da comunicação”.
Os elementos da comunicação são utilizados para organizar os textos e são responsáveis por uma comunicação eficaz, desde que sejam corretamente pensados e estruturados. Uma pergunta, aluno(a): por que você gosta de utilizar ferramentas de redes sociais para se comunicar? Provavelmente, você terá várias respostas, que podem estar voltadas à questão da agilidade de comunicação e da modernização dessa área. Tudo isso se volta para as funções que essas ferramentas oferecem, mas você saberia responder quais são as escolhas que você faz quando emite uma mensagem? Qual é a função dessa linguagem utilizada, a todo o momento, em sua vida?
Analisemos a seguinte situação: uma mãe precisa entrar em contato com seu filho, mas não consegue falar com ele pelo telefone. Tenta o celular, mas nada feito. Ela opta pela mensagem nas redes sociais. Que tipo de mensagem ela colocaria em um lugar como esse? Seria: “Meu filho, preciso falar com você”, se ela for uma pessoa mais discreta, mais sensata. Caso contrário, ela poderia escrever “Filho, seu desnaturado, onde foi parar o meu cartão de crédito? Está com você? Já tentei te ligar, mas não me atende”.
Independentemente de qual seja a mensagem, há uma intenção e uma função em cada uma das mensagens, considerando o que é pensado, para quem se escreve, onde, como e com qual intenção se escreve essa mensagem. Isso é o que leva o autor de determinado texto a fazer as escolhas por alguns elementos.
Sobre a temática abordada, os estudos de Jakobson (2005, p. 82), presentes na obra Linguística e Comunicação, corroboram nosso estudo.
A linguagem deve ser estudada em toda a variedade de suas funções. Antes de discutir a função poética, devemos definir-lhe o lugar entre as outras funções da linguagem. Para se ter uma idéia geral dessas funções, é mister uma perspectiva sumária dos fatores constitutivos de todo processo lingüístico, de todo ato de comunicação verbal. O REMETENTE envia uma MENSAGEM ao DESTINATÁRIO. Para ser eficaz, a mensagem requer um CONTEXTO a que se refere (ou “referente”, em outra nomenclatura algo ambíguo), apreensível pelo destinatário, e que seja verbal ou suscetível de verbalização; um CÓDIGO total ou parcialmente comum ao remetente e ao destinatário (ou, em outras palavras, ao codificador e ao decodificador da mensagem); e, finalmente, um CONTATO, um canal físico e uma conexão psicológica entre o remetente e o destinatário, que os capacite a entrarem e permanecerem em comunicação.
Para facilitar o entendimento a respeito do que foi descrito, observe o Quadro 1.3, a seguir. Toda mensagem, para ter sentido, precisa de um contexto. Além disso, o contexto só fará sentido se o emissor e o receptor da mensagem tiverem conhecimento sobre o que foi abordado, ou seja, a informação tem que ser comum aos dois elementos. Outra observação importante é que o código precisa ser decifrado por quem recebe a mensagem, no momento em que há o contato com o texto elaborado, pois o texto só terá alguma função se existirem sujeitos que interajam com ele; caso contrário, continuará sendo um “papel em branco”.
Você deve estar se perguntando: não existe uma melhor forma de entender esse processo? Existe, sim! Veja o quadro a seguir:
Quadro 1.3 - Elementos da Comunicação
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Conseguiu compreender o que são os elementos da comunicação? Cada um deles tem uma função: o emissor pode ser uma pessoa ou mais (pode ser, também, um animal) e é responsável por transmitir a mensagem. Já o receptor é para quem vai a mensagem, também podendo ser uma ou mais pessoas (ou animais). Além disso, há o código, que é o responsável por elaborar a mensagem, toda a sua construção e formatação; é por ele que se escolhe o idioma utilizado, as imagens etc. Outro elemento importante é a mensagem, ou seja, exatamente o que se quer transmitir, o conteúdo, a informação. Por fim, há o referente, que é como a mensagem, porém com uma diferença: diz respeito ao contexto em si, à situação na qual a mensagem se insere, como se fosse o foco da mensagem. Vale mencionar que quando a mensagem não é decodificada de forma correta pelo interlocutor, ocorre um ruído na comunicação.
Nas situações de comunicação, alguns elementos são sempre identificados e imprescindíveis, isto é, sem eles, pode-se dizer que não há comunicação. É o que diz a teoria da comunicação. Vejamos a figura a seguir:
Você já parou para pensar em como organizar os textos que verbaliza oralmente? Não é melhor organizar o que você fala ou escreve antes de sair por aí tendo que se corrigir? O ser humano é dotado da capacidade de falar, mas poucas pessoas são dotadas da capacidade de ouvir. As pessoas que costumam ouvir enquanto você fala, na verdade, também estão elaborando o seu discurso, para não cometerem erros.
Agora que você já entende os conteúdos apresentados até aqui, vamos a mais um assunto importantíssimo: as funções da linguagem, que foram definidas por Jakobson. Essas funções estão intrinsecamente ligadas aos elementos da comunicação e é preciso que o usuário da língua consiga identificar isso, para chegar à interpretação correta da mensagem a ser transmitida.
Quando falamos em função emotiva, também chamada de expressiva, temos que nos ater à ideia de que o foco dela está no emissor, pois faz uma relação direta, que pretende transmitir a emoção e a impressão, para que tal emissor compreenda os sentimentos do eu-lírico. Um exemplo é o texto a seguir, que traz a letra de uma música da cantora Ana Vilela.
Quadro1.4 - Exemplo de texto com função emotiva
Fonte:Adaptado de Vilela (2016, on-line).
Outra função de linguagem é a conativa, também conhecida como apelativa. Normalmente, ela é utilizada em textos publicitários, os quais possuem uma linguagem dirigida a um determinado público-alvo e costumam conter ordens e tentativas de convencimento ou sedução. Para Jakobson (2005, p. 125) “[...] a função conativa, encontra sua expressão gramatical mais pura no vocativo e no imperativo, que sintática, morfológica e amiúde até fonologicamente, se afastam das outras categorias nominais e verbais”.
Um bom exemplo é o cartaz “We Can Do It”, cuja tradução significa “Nós Podemos Fazer Isso!”, elaborado por J. Howard Miller, no ano de 1943, para a empresa americana Westinghouse, com o intuito de elevar o moral dos seus funcionários durante os esforços desempenhados na Segunda Guerra Mundial.
O objetivo do cartaz era convencer as mulheres a participarem da produção bélica nas fábricas. A partir daí, essa imagem passou a ser associada à incorporação da força de trabalho feminino na indústria.
Uma das funções mais utilizadas no cotidiano é a fática. Vejamos o que ela significa e, em seguida, um exemplo. A função fática é a troca de conversação entre os interlocutores, que serve para prolongar o ato de comunicação e para verificar se o interlocutor está compreendendo, participando da ação. Um exemplo bastante característico são as conversas ao telefone e, atualmente, ao celular, em redes sociais, em ferramentas de conversa e encontros, utilizadas pelos aparelhos eletrônicos, uma vez que o emissor sempre espera uma resposta do receptor. Vejamos:
A função fática é, então, responsável por manter a conversa entre os interlocutores, como faz um professor em sala em aula quando pergunta se os alunos entenderam, se está tudo bem, e os estudantes respondem com sim ou não.
A metalinguística pode ser entendida como a linguagem que fala dela própria, ou seja, por meio da descrição do ato de falar e/ou escrever; por exemplo: as peças teatrais que abordam o teatro, um verbete de dicionário sobre o significado de dicionário etc. Assim, a linguagem torna-se objeto de análise do próprio texto. O conto Sobre a escrita…, de Clarice Lispector, é um exemplo da função metalinguística, pois trata do processo e da experiência de escrita.
Nessa função, o foco da mensagem é o código, tanto linguístico (escrita e/ou oralidade) quanto extralinguístico (música, cinema, pintura, fotografia, dentre outros). Quando o emissor preocupa-se com o código, acaba produzindo a metalinguagem. A obra As Meninas, de Diego Velázquez, é um exemplo de metalinguagem. Trata-se de uma pintura moderna muito intrigante e polêmica, em decorrência da presença do pintor no quadro, como em um efeito de espelho. Vejamos:
O pintor Diego Velázquez pinta a si próprio e seu ato de pintar uma tela, constituindo, assim, uma metalinguagem.
A próxima função, explicada pelo próprio nome, no tópico a seguir, talvez seja a mais fácil de se compreender, tendo em vista que a função poética se refere à preocupação com a forma e com a estrutura de uma mensagem, tendo foco nas palavras, nas rimas, em poemas, na utilização de imagens etc.
Ao estudar a função poética, caro(a) acadêmico(a), é preciso pensar em uma ideia artística, pois o que importa aqui é a situação “estética” da mensagem. Assim sendo, importam as escolhas minuciosas da estrutura da mensagem, tanto da linguagem verbal como da não verbal, bem como das cores, das formas, da posição, da fonte, ou seja, de tudo o que serve para chamar a atenção do receptor.
Temos como bons exemplos os poemas, principalmente os sonetos, que têm uma estrutura fixa, ou seja, uma quantidade de versos e estrofes (2 quartetos e 2 tercetos), bem como rimas, ao final de cada verso. Vejamos o exemplo:
Quadro 1.6 - Exemplificação da função poética
Fonte: Adaptado de Moraes (1960, p. 96).
A função referencial ou denotativa tem por intuito transmitir uma mensagem de forma objetiva, sem dar juízo de valor, sem interpretações do autor, preocupando-se, apenas, em relatar algo. Normalmente, essa função é predominante em textos jornalísticos e científicos. Veja, a seguir, um exemplo dessa função:
Quadro 1.7 - Exemplificação da função referencial
Fonte: Marchesi e Amaral (2008, p. 97-98).
A função referencial, basicamente: faz uso de linguagem denotativa; o discurso na terceira pessoa do singular ou do plural é o predominante; e o texto comunica de forma objetiva e isento de subjetividade/emoção.
É importante destacar, a respeito das funções da linguagem, que todos os textos possuem mais de uma função; porém, o importante é que você saiba identificar qual é a função principal/predominante.
Todo o conteúdo que foi discorrido até aqui teve o propósito de preparar você para aprender sobre noções de texto e escrita. Para dar continuidade a isso, passaremos à explicação das três artes de tecer textos, que são as tipologias textuais narrativas, descritivas e argumentativas (dissertativas).
A arte de narrar nada mais é do que costurar uma sequência de fatos (acontecimentos) em que as personagens se movimentam, combinando o tempo e o espaço em que tudo acontece. A narração é um texto focado na ação, chamada de conflito, que envolve as personagens. É preciso lembrar que esse tipo de texto possui elementos bastante necessários para a estruturação, que são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo. Tais elementos estão descritos no quadro a seguir:
Quadro 1.8 - Elementos da narrativa
Fonte: Adaptado de Franco Jr. (2003).
Podemos classificar a narrativa em gênero (épico, lírico e dramático) e em tipo (romance, novela, conto, crônica, fábula etc.). Além disso, a narrativa possui os elementos básicos de composição (enredo, personagens, tempo, espaço e narrador), os quais só terão sentido quando conduzidos por um tema (ideia em torno do qual se desenvolve a história – do que se trata a história?); um assunto (concretização do tema – como o tema aparece desenvolvido no enredo?); e uma mensagem (conclusão que se pode tirar da história) (GANCHO, 2002 apud ALVES; BATTAIOLA; CEZAROTTO, 2016, p. 6-7).
Quanto à ordem das informações, é interessante que elas estejam dispostas da seguinte forma:
Quadro 1.9 - Sequência narrativa
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Caro(a) acadêmico(a), temos certeza de que você gosta de conversar com as pessoas, abordar temas do presente e do passado e trocar experiências. Isso nada mais é do que contar uma história de forma narrativa, como ocorre no texto exposto a seguir:
Quadro1.10 - Exemplificação de texto narrativo
Fonte:Adaptado de Rocha (2001, on-line).
A origem das fábulas
As fábulas têm sua origem em Esopo (séc. VI a. C) e Fedro (séc. I d.C.) e foi retomada no Classicismo francês por La Fontaine. Trata-se de uma narrativa quase sempre breve, em prosa ou, na maioria das vezes, em verso, de ação não muito tensa, de grande simplicidade e cujos personagens (muitas vezes animais irracionais que agem como seres humanos) não são de grande complexidade. Aponta sempre para uma conclusão ético-moral. É um gênero de grande projeção pragmática por ser claro, objetivo, moralizador e de grande efeito perlocutório, próprio dos textos narrativos, pois vai ao encontro dos hábitos, das expectativas e das disponibilidades culturais do leitor.
Quadro 1.11 - Diferenças entre a Dissertação e o Texto Dissertativo-argumentativo
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Lembre-se:
Normalmente, os textos argumentativos seguem uma estrutura bastante peculiar. Eles são divididos em quatro partes, sintetizadas no quadro a seguir:
Quadro 1.12 - Sequência dissertativa-argumentativa
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Para ficar mais claro, veja, na sequência, um exemplo de texto dissertativo-argumentativo:
Quadro 1.13 - Exemplo de texto argumentativo
Fonte: Andrade (2017, p. 158).
É importante esclarecer que um texto argumentativo pode estar tanto na primeira quanto na terceira pessoa, dependendo da intenção do emissor, relacionada à função do texto que ele quer escrever.
O terceiro tipo de texto é o descritivo, que consiste em absorver as características e os detalhes, as informações mais minuciosas do que se pretende descrever. Raramente há um texto puramente descritivo, uma vez que, na maior parte das vezes, ele está nas outras tipologias, compondo histórias e ideias.
Tente entender, caro(a) acadêmico(a), que essa construção é como se desenhasse a cena para o leitor, descrevendo as características dos objetos, das personagens, dos lugares etc. O texto descritivo apresenta algumas características:
Um exemplo de texto descritivo pode ser visualizado no excerto de Dom Casmurro, de Machado de Assis. Veja, caro(a) aluno(a), que a descrição ocorreu em um romance, um texto narrativo, para caracterização de uma personagem.
- Aproximação com a realidade;
- Linguagem clara, objetiva, realista e denotativa;
- Descrição precisa do ser/objeto;Isenção de opiniões e sentido duplo.
- Transmissão de um estado de espírito/sentimento;
- Linguagem simbólica, metafórica e conotativa;
- Descrição de aspectos emocionais;
- Opinião pessoal sobre o ser/objeto.
- Sensações visuais: “[...] tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna” (Iracema, de José de Alencar).
- Sensações auditivas: ouvi um restolhar de crianças por entre os arbustos, repetindo-me as frases com uma entoação de riso (“Encantamento”, Nuno Júdice);
- Sensações gustativas: “Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal!” (“Mar português”, Fernando Pessoa);
- Sensações olfativas: “Se espalho um cheiro por todos, cheiro de cama quente, corpo ardente e perfumado recendente [...]” (“O ladrão”, Mário de Andrade);
- Sensações táteis: “A gruta é úmida escura fria [...]”. (“O mar mais longe que eu vejo”, Caio Fernando Abreu).
Quadro 1.14 - Exemplo de texto descritivo
Fonte: Assis (1979, p. 25).
Antes de iniciarmos a nova unidade, daremos uma breve explicação a respeito de um ponto importantíssimo, que engloba as questões de coesão e de coerência textual, as quais precisam estar presentes nos textos produzidos, independentemente de qual esfera for utilizada na produção de tais textos.
A coesão é responsável pela organização textual, no sentido de unidade formal, em que é preciso se preocupar com os elementos linguísticos que fazem a articulação das ideias. Está diretamente relacionada ao uso dos elementos gramaticais linguísticos, ou seja, à escolha das palavras.
A coerência, por sua vez, é o que podemos chamar de lógica do texto, diretamente relacionada à uniformidade de sentido. Também depende das palavras; porém, para que um texto tenha coerência, os elementos de coesão devem ser corretamente empregados.
Finalmente encerramos o assunto desta unidade com a exemplificação dos tipos textuais, fazendo uma ligação com todo o conteúdo trabalhado e começando a encaminhar o conteúdo que será estudado na próxima etapa.
Livro: Do que é feito o pensamento: a língua como janela para a natureza humana
Editora: Companhia das Letras
Autor: Steven Pinker
Ano: 2008
ISBN: 9788535913026
Combinando alguns de seus livros anteriores, como O Instinto da Linguagem (1994) e Como a Mente Funciona (1997), Steven Pinker encontra na linguagem uma janela para uma possível explicação da natureza humana. O autor, tido pela revista Time, em 2004, como uma das cem pessoas mais influentes do mundo, parte de verbos, pronomes e substantivos para, com a munição de exemplos e citações curiosos e surpreendentes, que vão de Shakespeare e Brecht a Paul McCartney e Groucho Marx, chegar à explicação sobre de que matéria é feito o pensamento. Com elegância e bom humor, Pinker seleciona situações corriqueiras para exemplificar seus reveladores pontos de vista. O momento em que o motorista é parado na estrada por estar em alta velocidade é uma delas. Pinker mostra que a construção do discurso para tentar subornar o guarda pode ser bastante reveladora da forma como construímos nossos pensamentos, assim como a maneira como colocamos nossas emoções em jogo.
O pensamento é formado pela linguagem. Isso significa que, literalmente, falamos dentro de nossa cabeça. Fato que implica, diretamente, na educação e no processo de ensino-aprendizagem. Assim, ao aprimorarmos a linguagem, estamos aprimorando e expandindo nosso pensamento.
Leia o verbete a seguir:
“co·mu·ni·ca·ção
sf
1 Ato ou efeito de comunicar(-se).
2 LING Ato que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre o transmissor e o receptor, através da linguagem oral, escrita ou gestual, por meio de sistemas convencionados de signos e símbolos.
3 O conteúdo da mensagem transmitida.
4 Transmissão de uma mensagem a outrem [...]” (DICIONÁRIO MICHAELIS, 2019, on-line).
A partir da leitura do verbete anterior, fica evidente que a comunicação é um processo de troca de informações que envolve alguns elementos importantes. Assim e considerando os conteúdos estudados no livro da disciplina, analise as afirmativas a seguir sobre os conceitos de comunicação:
I. O canal refere-se ao local onde/por onde a mensagem será transmitida, por exemplo, um celular.
II. A comunicação é constituída por cinco elementos inseparáveis: emissor, receptor, código, canal e contexto.
III. A mensagem diz respeito às representações verbais e não verbais do conteúdo que será entregue ao receptor.
IV. A comunicação ocorre a partir do momento em que o interlocutor compreende a mensagem transmitida pelo locutor.
Está correto o que se afirma em:
I, apenas.
Embora a afirmativa I esteja correta, pois o canal é o meio pelo qual a mensagem veicula ao receptor, por meio do espaço e do tempo, há outras afirmativas verdadeiras. Além do celular, temos o telefone, o rádio, a carta, dentre outros.
I e II, apenas.
A afirmativa II está incorreta, pois os elementos constituintes do ato comunicativo são: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto.
II e III, apenas.
A afirmativa II está incorreta, pois os elementos constituintes do ato comunicativo são: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto.
II e IV, apenas.
A afirmativa II está incorreta, pois os elementos constituintes do ato comunicativo são: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto
I, III e IV, apenas.
A afirmativa I está correta, pois o canal é o meio pelo qual a mensagem veicula ao receptor, por meio do espaço e do tempo. Além do celular, temos o telefone, o rádio, a carta etc. A afirmativa III está correta, pois trata-se do conteúdo transmitido pelo emissor, podendo ser verbal e não verbal, desde que o receptor compreenda a mensagem. A afirmativa IV está correta, pois quando a mensagem é compreendida sem ruído, a comunicação entre emissor e receptor se efetivou.
Leia o trecho a seguir:
“A Teoria da Comunicação, proposta por Roman Jakobson, enuncia que, no ato de comunicação, há um emissor que envia uma mensagem a um receptor, usando o código para efetuá-la. Esta, por sua vez, refere-se a um contexto (ou um referente), até mesmo para ser eficaz. A passagem da emissão para a recepção faz-se através do suporte físico, que é o canal. Dessa forma, a linguagem desempenha seis funções: emotiva, poética, conativa, metalinguística, referencial e fática” (DORETTO; BELOTI, 2011, p. 92).
A teoria e o método de crítica literária para textos narrativos e poéticos, desenvolvidos por Roman Jakobson, são conhecidos como formalismo. Porém, quando Jakobson debruçou-se nos estudos da linguagem, corroborou para a criação do estruturalismo linguístico. Para o pensador russo, as ferramentas para a compreensão da linguagem consistiam na separação da linguagem em elementos e no estabelecimento de suas funções. Considerando essas informações e o conteúdo estudado, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
I. ( ) As notícias são exemplos de função referencial, as quais costumam ser objetivas e sem a subjetividade do sujeito.
II. ( ) A função poética, também chamada de emotiva, tem por objetivo emocionar o receptor.
III. ( ) Presente em textos publicitários, a função conotativa tem por intuito convencer, aconselhar e dar ordens ao leitor.
IV. ( ) A função expressiva foca no emissor e é portadora de subjetividade.
V. ( ) A função metalinguística costuma explicar um código utilizando o próprio código.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
V, V, F, V, V.
A afirmativa I é verdadeira, pois a função referencial tem por característica transmitir uma informação direta, por meio da exposição de dados da realidade de forma objetiva, e as notícias possuem esse caráter. A afirmativa II é falsa, pois a função poética é diferente da função emotiva. A afirmativa III é verdadeira, pois a função conotativa tem por intuito convencer o leitor e pode-se usar linguagem apelativa, sendo essa função, por isso, tão presente em textos publicitários. A afirmativa IV é verdadeira, pois função expressiva é uma nomenclatura da função emotiva, cujo intuito é transmitir, sob o ponto de vista do emissor, uma mensagem subjetiva ao receptor. A afirmativa V é verdadeira, pois a função metalinguística preocupa-se em explicar o código; assim, é definida como a linguagem que fala de si própria.
F, V, F, V, F.
A afirmativa I é verdadeira, pois a função referencial tem por característica transmitir uma informação direta, por meio da exposição de dados da realidade de forma objetiva, e as notícias possuem esse caráter. A afirmativa II é falsa, pois a função poética é diferente da função emotiva. A afirmativa III é verdadeira, pois a função conotativa tem por intuito convencer o leitor e pode usar linguagem apelativa, sendo, por isso, essa função tão presente em textos publicitários. A afirmativa IV é verdadeira, pois é o mesmo que emotiva, possuindo transmitir sob o ponto de vista do emissor uma mensagem subjetiva ao receptor. A afirmativa V é verdadeira, pois a função metalinguística preocupa-se em explicar o código; assim, é definida como a linguagem que fala de si própria.
F, F, V, V, F.
A afirmativa I é verdadeira, pois a função referencial tem por característica transmitir uma informação direta, por meio da exposição de dados da realidade de forma objetiva, e as notícias possuem esse caráter. A afirmativa II é falsa, pois a função poética é diferente da função emotiva. A afirmativa III é verdadeira, pois a função conotativa tem por intuito convencer o leitor e pode usar linguagem apelativa, sendo, por isso, essa função tão presente em textos publicitários. A afirmativa IV é verdadeira, pois é o mesmo que emotiva, possuindo transmitir sob o ponto de vista do emissor uma mensagem subjetiva ao receptor. A afirmativa V é verdadeira, pois a função metalinguística preocupa-se em explicar o código; assim, é definida como a linguagem que fala de si própria.
V, F, V, V, V.
A afirmativa I é verdadeira, pois a função referencial tem por característica transmitir uma informação direta, por meio da exposição de dados da realidade de forma objetiva, e as notícias possuem esse caráter. A afirmativa II é falsa, pois a função poética é diferente da função emotiva. A afirmativa III é verdadeira, pois a função conotativa tem por intuito convencer o leitor e pode usar linguagem apelativa, sendo, por isso, tão presente em textos publicitários. A afirmativa IV é verdadeira, pois é o mesmo que emotiva, possuindo transmitir sob o ponto de vista do emissor uma mensagem subjetiva ao receptor. A afirmativa V é verdadeira, pois a função metalinguística preocupa-se em explicar o código; assim, é definida como a linguagem que fala de si própria.
V, V, F, V, F.
A afirmativa I é verdadeira, pois a função referencial tem por característica transmitir uma informação direta, por meio da exposição de dados da realidade de forma objetiva, e as notícias possuem esse caráter. A afirmativa II é falsa, pois a função poética é diferente da função emotiva. A afirmativa III é verdadeira, pois a função conotativa tem por intuito convencer o leitor e pode usar linguagem apelativa, sendo, por isso, essa função tão presente em textos publicitários. A afirmativa IV é verdadeira, pois é o mesmo que emotiva, possuindo transmitir sob o ponto de vista do emissor uma mensagem subjetiva ao receptor. A afirmativa V é verdadeira, pois a função metalinguística preocupa-se em explicar o código; assim, é definida como a linguagem que fala de si própria.
Leia o trecho a seguir:
“Diversas categorias de texto podem ter características comuns. Este é o caso, por exemplo, de todas as categorias de texto que têm o tipo narrativo como necessariamente presente em sua composição e como dominante e entre as quais podemos citar: romance, conto, novela, fábula, parábola, apólogo, mito, lenda [...]. Todos esses gêneros vão ter em comum características de narração, mesmo que realizadas de diferentes formas. Sempre haverá, todavia, características que permitam distingui-los entre si [...]” (TRAVAGLIA, 2007, p. 40-41).
O texto narrativo costuma contar uma história por meio de uma sequência de fatos. Ao narrar os acontecimentos, apresentam-se ao leitor os envolvidos, o contexto, onde e quando os fatos aconteceram etc. Assim, e considerando os conteúdos estudados no livro da disciplina, analise as afirmativas a seguir sobre o texto narrativo:
I. Além do protagonista e do antagonista, há outra classe de personagens, chamados de secundários.
II. O narrador-observador é aquele que conhece a história, porém não participa.
III. Nos textos narrativos é predominante o uso do espaço físico e do tempo cronológico, extinguindo o psicológico.
IV. Pode-se considerar o desfecho como uma solução do conflito produzido pelas ações das personagens.
V. As personagens podem ser caracterizadas pelos seus atributos físicos, bem como por suas características psicológicas.
Está correto o que se afirma em:
II e IV, apenas
Embora as afirmativas II e IV estejam corretas, há mais afirmativas corretas na questão.
I e II, apenas
Embora as afirmativas I e II estejam corretas, há mais afirmativas corretas na questão.m código.
I e IV, apenas
Embora as afirmativas I e IV estejam corretas, há mais afirmativas corretas na questão.s elementos do ato comunicativo ainda não citados no enunciado da questão
I, II, IV e V, apenas.
A afirmativa I está correta, pois as personagens secundárias estão presentes nas narrativas, ocupando papéis de apoio. A afirmativa II está correta, pois o narrador-observador só observa e relata os fatos. A afirmativa IV está correta, pois o desfecho, o final da história, trata-se da solução do conflito produzido pelas personagens, que pode ser favorável ou não. A afirmativa V está correta, pois representa os sujeitos que participam da história, então, para darem credibilidade ao leitor, com alguns atributos físicos e/ou características psicológicas.
II, III e V.
Embora as afirmativas II e IV estejam corretas, a afirmativa III está incorreta, pois o tempo pode ser tanto cronológico como psicológico, e o mesmo vale para o espaço.